{"id":4652,"date":"2012-08-06T19:35:59","date_gmt":"2012-08-06T22:35:59","guid":{"rendered":"http:\/\/viajeaqui.abril.com.br\/national-geographic\/blog\/brasil-das-aves\/?p=4652"},"modified":"2016-11-24T02:19:09","modified_gmt":"2016-11-24T02:19:09","slug":"o-mercado-de-turismo-e-a-observacao-de-aves","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/brasildasaves.com.br\/2012\/08\/06\/o-mercado-de-turismo-e-a-observacao-de-aves\/","title":{"rendered":"O mercado de turismo e a observa\u00e7\u00e3o de aves"},"content":{"rendered":"

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Apenas alguns anos atr\u00e1s, era coisa de doido imaginar um mercado para o birding<\/em> no Brasil. Atividade antiqu\u00edssima na Europa e na Am\u00e9rica do Norte, a observa\u00e7\u00e3o de aves engatinhava por aqui. Contavam-se nos dedos os hot\u00e9is com alguma estrutura e os guias especializados. Apenas para compara\u00e7\u00e3o, dados de 2006 do U.S. Fish & Wildlife Service<\/a> apontavam que o birdwatching gerava uma contribui\u00e7\u00e3o de US$ 36 bilh\u00f5es \u00e0 economia norte-americana. Aqui, no entanto, tudo parecia mal parado.<\/p>\n

Mas apenas parecia. O birding avan\u00e7ou cinquenta anos nos \u00faltimos cinco. E as comprova\u00e7\u00f5es come\u00e7am a aparecer. Com n\u00fameros, inclusive. Os primeiros resultados do Censo Brasileiro de Observa\u00e7\u00e3o de Aves traz resultados surpreendentes. Promovido pela Avistur<\/a> com o apoio de outras entidades, ele foi dividido em dois: um censo para birders e outro para hot\u00e9is\/destinos. \u00c9 neste \u00faltimo que est\u00e3o as boas surpresas.<\/p>\n

Quem esteve na feira Avistar este ano em S\u00e3o Paulo ou no Rio percebeu a grande presen\u00e7a de cidades tur\u00edsticas divulgando seus locais de birding. O Censo vem confirmar o surgimento dessas estruturas espec\u00edficas. Foram 500 respostas. Ou seja, 500 estabelecimentos que t\u00eam alguma rela\u00e7\u00e3o com a atividade, um n\u00famero excelente. Voc\u00ea pode conferir todos os resultados aqui<\/a>, mas vamos destacar alguns pontos.<\/p>\n

Dois ter\u00e7os dos estabelecimentos consultados j\u00e1 receberam observadores de aves. E 25% deles come\u00e7aram na atividade nos dois \u00faltimos anos (2010 e 2011), um crescimento fant\u00e1stico. Quase metade s\u00e3o pousadas, que associam o birding \u00e0 hospedagem. E a maioria come\u00e7ou a receber birders depois de convidar pesquisadores\/fot\u00f3grafos\/guias para conhecer o local. Aqui vale um par\u00eantese. Apesar desse n\u00famero, nem s\u00f3 de a\u00e7\u00f5es isoladas vive a divulga\u00e7\u00e3o do birding. A Associa\u00e7\u00e3o de Hot\u00e9is Roteiros de Charme<\/a> organizou este ano entre seus associados uma iniciativa para promover a atividade – deve publicar em breve em seu site uma \u00e1rea s\u00f3 para o birding, com a lista de aves de cada hotel participante.<\/p>\n

Conclus\u00e3o, come\u00e7amos a ter um mercado de turismo de observa\u00e7\u00e3o de aves no Brasil. E ele cresce a taxas chinesas. Um turismo sustent\u00e1vel, que exige \u00e1reas conservadas – e gera recursos para a conserva\u00e7\u00e3o. Nada melhor.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"