{"id":5242,"date":"2012-09-02T14:03:24","date_gmt":"2012-09-02T17:03:24","guid":{"rendered":"http:\/\/viajeaqui.abril.com.br\/national-geographic\/blog\/brasil-das-aves\/?p=5242"},"modified":"2016-11-24T01:15:54","modified_gmt":"2016-11-24T01:15:54","slug":"as-aves-de-jonathan-franzen-no-brasil","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/brasildasaves.com.br\/2012\/09\/02\/as-aves-de-jonathan-franzen-no-brasil\/","title":{"rendered":"As aves de Jonathan Franzen no Brasil"},"content":{"rendered":"

Jonathan Franzen, autor de Como Ficar Sozinho. Foto: reprodu\u00e7\u00e3o.<\/figcaption><\/figure>\n
Ser capa da revista Time<\/em> n\u00e3o \u00e9 para qualquer um. Se o qualquer um for um escritor, mais dif\u00edcil ainda. Jonathan Franzen mereceu a proeza, com uma chamada de responsa: O Grande Romancista Americano<\/em>. Autor de Corre\u00e7\u00f5es<\/em> e Liberdade<\/em>, estrela da \u00faltima Flip (Festa Internacional Liter\u00e1ria de Paraty), ele teve o livro de ensaios *Como Ficar Sozinho<\/em> lan\u00e7ado este ano no Brasil.<\/p>\n*
Bom, ok, beleza, e o que ele faz num blog destes? – voc\u00ea pode estar se perguntando. Franzen \u00e9 um birder. Apaixonado. Dizem as boas l\u00ednguas que a chance de passarinhar por aqui foi um forte motivo de convencimento para a vinda dele durante a Flip. Chance n\u00e3o desperdi\u00e7ada. O escritor explorou a Mata Atl\u00e2ntica de Ubatuba na companhia de Dimitri Matozsko, birder e propriet\u00e1rio do Itamambuca Eco Resort. A pedido do blog, Dimitri mostra cinco aves que Franzen observou por l\u00e1 (as fotos est\u00e3o no fim do post). “O escritor \u00e9 um baita cara legal – e tamb\u00e9m um sortudo. Conseguiu ver uns bichos dif\u00edceis, que n\u00e3o aparecem toda hora, como o choc\u00e3o-carij\u00f3”, entrega o brasileiro.<\/p>\n
Mas antes das aves de Franzen, vale uma palhinha sobre Como Ficar Sozinho<\/em>. O livro re\u00fane ensaios escritos em \u00e9pocas diferentes, mas h\u00e1 uma unidade, um cerzido invis\u00edvel entre eles. O tom confessional quase sempre est\u00e1 presente – e garante os trechos mais bacanas. Logo no primeiro texto, A dor n\u00e3o nos matar\u00e1 <\/em>(na verdade, um discurso no Kenyon College de 2011) o escritor fala da descoberta do birding, e como isso alterou rumos em sua vida. Outros cap\u00edtulos t\u00eam temas mais pesados, como o mal de Alzheimer e a ind\u00fastria do cigarro. Ou o suic\u00eddio de um amigo, no ensaio\u00a0Mais distante<\/em>. Neste texto, ali\u00e1s, o birding tamb\u00e9m est\u00e1 presente. E um trecho vale destaque (a tradu\u00e7\u00e3o \u00e9 de Oscar Pilagallo):<\/p>\n
Quando busco novas esp\u00e9cies de p\u00e1ssaros, estou atr\u00e1s sobretudo da autenticidade perdida, dos vest\u00edgios de um mundo devastado por seres humanos mas ainda lindamente indiferente a n\u00f3s; vislumbrar um p\u00e1ssaro raro que de alguma maneira persiste em sua vida de procriar e se alimentar \u00e9 um prolongado deleite transcedental.\u00a0<\/em><\/p>\n
*Quer mais? Compre o livro. A\u00ed embaixo, algumas esp\u00e9cies que encantaram Franzen em Ubatuba. Tanto as fotos como os coment\u00e1rios nas legendas s\u00e3o de Dimitri Matozsko.<\/p>\n*
Choc\u00e3o-carij\u00f3 – Canta alto e forte, marca presen\u00e7a pela voz, mas conseguir observ\u00e1-lo de perto \u00e9 muito raro. Quando quis mostr\u00e1-la ao Jonathan fui na f\u00e9 – e n\u00e3o \u00e9 que a ave veio e ficou pertinho? Incr\u00edvel. Um momento raro nestes muitos anos de mato.<\/figcaption><\/figure>\n
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Topetinho-verde – Quem n\u00e3o fica encantado com um min\u00fasculo beija-flor t\u00e3o repleto de detalhes que s\u00e3o quase imposs\u00edveis de ver a olho nu?<\/figcaption><\/figure>\n
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Cuspidor-de-m\u00e1scara-preta – Discreta e simp\u00e1tica, essa ave s\u00f3 vive em matas fechadas, com pouca luminosidade.<\/figcaption><\/figure>\n
Choquinha-cinzenta – Discreta e irrequieta, n\u00e3o para. Normalmente associada a outras esp\u00e9cies, n\u00e3o \u00e9 comum de se encontrar. Tr\u00eas minutos ap\u00f3s mostrar o choc\u00e3o-carij\u00f3 consegui deixar esta pequena avezinha a dois metros do Jonathan. Mais uma bela surpresa.<\/figcaption><\/figure>\n
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