{"id":5402,"date":"2012-09-15T23:34:43","date_gmt":"2012-09-16T02:34:43","guid":{"rendered":"http:\/\/viajeaqui.abril.com.br\/national-geographic\/blog\/brasil-das-aves\/?p=5402"},"modified":"2016-11-24T00:01:33","modified_gmt":"2016-11-24T00:01:33","slug":"as-torres-do-cristalino","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/brasildasaves.com.br\/2012\/09\/15\/as-torres-do-cristalino\/","title":{"rendered":"As torres do Cristalino"},"content":{"rendered":"
Rio Cristalino. Foto Z\u00e9 Edu Camargo.<\/figcaption><\/figure>\n

Na Amaz\u00f4nia, torres de observa\u00e7\u00e3o costumam ser imprescind\u00edveis para o birding. A explica\u00e7\u00e3o \u00e9 simples: boa parte das esp\u00e9cies passa a vida na copa das \u00e1rvores. Assim, observ\u00e1-las do ch\u00e3o \u00e9 tarefa muito dif\u00edcil – n\u00e3o raro, imposs\u00edvel. No Brasil, contam-se nos dedos as torres de observa\u00e7\u00e3o em meio \u00e0 selva. E duas delas est\u00e3o em um s\u00f3 lugar, a RPPN (Reserva Particular do Patrim\u00f4nio Natural) do Rio Cristalino, em Mato Grosso, na divisa do Par\u00e1. Ali est\u00e1 um dos pontos de sonho para qualquer birder brasileiro (e mesmo gringo), o Cristalino Jungle Lodge<\/a>. H\u00e1 pouco mais de um ano, estive ali preparando uma reportagem para a revista Viagem (publicada em junho do ano passado), acompanhado do fot\u00f3grafo (e tamb\u00e9m birder) Marcos Amend. Passamos quatro dias em busca de imagens. N\u00e3o s\u00f3 de aves: foram ariranhas, jacar\u00e9s, lontras, porcos-do-mato, jiboias e um sem-n\u00famero de insetos (como as mais coloridas e imensas borboletas que j\u00e1 vi). Subimos o rio Cristalino at\u00e9 o parque estadual, em busca de on\u00e7as – que n\u00e3o deram o ar da gra\u00e7a. E fizemos at\u00e9 uma incurs\u00e3o noturna na selva.<\/p>\n

Mas \u00e9 nas torres do Cristalino que o bicho pega – literalmente. O guia Jorge, que nos acompanhou, tem olhos e ouvidos atentos, acionando o playback para atrair um sem-n\u00famero de aves diferentes a todo instante. Gra\u00e7as a ele vivi um dos momentos mais divertidos durante uma sa\u00edda at\u00e9 hoje. Jorge atraiu um bando misto que passava perto da torre. E bando misto, por ali, significa uma turma do barulho, com sa\u00edras, gaturamos e at\u00e9 beija-flores. Era tanto bicho que eu n\u00e3o sabia onde focar primeiro. E rendeu \u00f3timas fotos.<\/p>\n

Nas torres tamb\u00e9m podem ser encontradas aves mais raras. Com sorte, at\u00e9 uma ou outra nem descrita pela ci\u00eancia. N\u00e3o se pode esquecer que ali foi descoberta uma nova esp\u00e9cie de ave de rapina, o falc\u00e3o-cr\u00edptico (Micrastur mintoni) <\/em>h\u00e1 apenas dez anos. Entre as figurinhas n\u00e3o muito f\u00e1ceis que encontrei, o capit\u00e3o-de-cinta e o anamb\u00e9-azul renderam os momentos mais bacanas. E tamb\u00e9m a marianinha-de-cabe\u00e7a-amarela, uma esp\u00e9cie de psicitac\u00eddeo muito interessante, e que permitiu uma boa aproxima\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

Chegar ao Cristalino \u00e9 bem f\u00e1cil. O acesso por avi\u00e3o \u00e9 feito at\u00e9 Alta Floresta, no Mato Grosso. Dali s\u00e3o duas horas de 4×4 e mais uma hora e meia de barco, atravessando o Teles Pires e subindo o pr\u00f3prio rio Cristalino. Ah, os mesmo donos t\u00eam um hotel em Alta Floresta, onde h\u00e1 um trecho pequeno de mata. Pois bem, ali um casal de harpias (ou gavi\u00f5es-reais) resolveu nidificar, j\u00e1 faz alguns anos. E em 2012 estava com um filhote. Coisa de cinema.<\/p>\n

Anamb\u00e9-azul. Foto Z\u00e9 Edu Camargo<\/figcaption><\/figure>\n

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Marianinha-de-cabe\u00e7a-amarela. Foto Z\u00e9 Edu Camargo<\/figcaption><\/figure>\n

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Gaturamo-do-norte. Foto Z\u00e9 Edu Camargo<\/figcaption><\/figure>\n

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Ara\u00e7ari-de-pesco\u00e7o-vermelho. Foto Z\u00e9 Edu Camargo<\/figcaption><\/figure>\n

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Gar\u00e7a-real – Foto: Z\u00e9 Edu Camargo<\/figcaption><\/figure>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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